Bastou Diego Costa dar o 1º toque na bola, que todos os brasileiros que estavam presentes na Arena Fonte Nova vaiaram. E, até ele ser substituído, as vaias não pararam, nem as provocações, como “Diego, viaado”.

Para falar a verdade, eu nem faço questão de ter Diego Costa na seleção brasileira. É verdade que estamos carentes de bons centroavantes, mas, para mim, ele é um jogador superestimado. Mas, mesmo assim, vaiei e vaiaria de novo.

Eu não consigo entender esse negócio de naturalização de jogador de futebol. Naturalização deveria ser dada a pessoas que, apesar de terem nascido em outro país, cresceram e viveram a maior parte de suas vidas num país estrangeiro. Mas jogador de futebol (a maioria) que se naturaliza, foram viver em outro país por conta do futebol, por conta do melhor salário. Muitos acabam se naturalizando, pois sabem que não são tão bons para defender o Brasil.

Mas com Diego Costa foi diferente. A seleção brasileira demonstrou interesse. Tudo bem, demonstrou o interesse depois que a Espanha declarou que queria contar com ele. Mas, não vamos esquecer que Diego Costa só se destacou mesmo na temporada passada. Não são só alguns bons desempenhos que vão fazer com que ele seja convocado. Jogador de seleção precisa ter regularidade. Felipão já estava de olho, mas acabou sendo “obrigado” a tornar público o seu interesse no jogador depois que a Espanha agiu. Mas, podendo escolher entre as 2, ele acabou optando pela Espanha.

Tudo bem, concordo com vocês que a CBF vacila muito. Já perdemos inúmeros jogadores que seriam titulares da Seleção Brasileira porque a CBF não os valorizou. Mas com Diego Costa foi diferente. Mesmo sendo depois, o Brasil queria contar com ele.

Se todo jogador resolvesse defender o país que lhe deu a oportunidade, então os países com o maior poder econômico teriam as melhores seleções. Seleção é para você juntar os melhores jogadores do seu país para representar o seu povo. O povo da Espanha é o de Diego Costa?!

Na minha opinião, ou jogue pelo seu país, ou não jogue por nenhum. Jogue pelo país que você cresceu, que você tem família, que você viveu praticamente a vida toda. Não pelo país que te ajudou financeiramente, porque assim, clubes e seleções seriam a mesma coisa: negócio!

Por Felipe Melo