Às vezes não dá para entender o que se passa pela cabeça de um jogador. Como existe jogador burro neste mundo.
A classificação veio no jogo seguinte, contra a Itália. Precisando vencer para ir às oitavas, o Uruguai teve que tomar a iniciativa, já que a Azzurra jogava pelo empate. Mesmo com um a mais, o Uruguai não conseguia furar a retranca italiana. Era um jogo pegado e tenso. E foi aí que veio o lance que marcará a Copa do Mundo do Brasil. Parecendo agir por instinto, Suárez deu uma mordida no ombro de Chiellini. Algo tão aleatório e absurdo, que não há palavras para descrever tamanha burrice, irresponsabilidade e estupidez.
O juiz não viu, mas com tantas câmeras, era impossível que alguém não conseguisse filmar a mordida. Em questões de segundos, Suárez estragou tudo. Todo aquele esforço e toda aquela dedicação infelizmente ficarão em segundo plano. O mundo não lembrará do Suárez “guerreiro”. O mundo lembrará do Suárez “cachorro”.
Se das outras duas vezes ele não aprendeu a lição (sim, ele já havia sido punido por morder outros dois jogadores), agora terá que sofrer com as consequências, que, por ser reincidente, acabaram sendo mais duras: fora da Copa e banido por 4 meses do futebol. Punições mais do que justas, na minha opinião. Mas a FIFA não pode esquecer de punir outros jogadores, como Song por dá um murro em Mandzukic e Ekotto do Camarões pela cabeçada no seu companheiro de equipe.
Suárez não foi o único vilão da Copa, mas a sua agressão foi a que mais marcou. Se a Copa de 1950 é lembrada até hoje pelo “Maracanazo”, a “Mordida” eternizará a de 2014. Que pena!
POR FELIPE MELO